sexta-feira, 23 de outubro de 2009

WARREN ELLIS: BRASILGATE

Quadrinista entra em discussão acalorada com brasileiros via Twitter

Seguidores de Warren Ellis entendem perguntas como ofensas

O escritor de quadrinhos britânico Warren Ellis entrou em uma pequena discussão com fãs brasileiros esta semana, através do Twitter, que chegou a troca de insultos e à nomeação do caso, pelo próprio Ellis, como #brasilgate.

Começou com o escritor, que recentemente ultrapassou 100 mil seguidores na rede social,
comentando que havia descoberto muitos brasileiros na sua lista. "Será que o Brasil descobriu o Twitter recentemente? Eu tenho trabalhos publicados lá?"

Enquanto alguns listavam os trabalhos do autor publicados aqui (Authority, Planetary, Fell, parte de Transmetropolitan), outros seguidores tomaram a mensagem como insulto - pensando que Ellis considerava o país atrasado demais no Twitter. O escritor recebeu respostas como "Sim, seu trabalho é publicado aqui. Os macacos, as zebras e os elefantes adoram! O Brasil não é uma selva, Warren..." e "Sim, cara! E nós, brasileiros, ainda moramos em árvores e não temos roupas! Não é sensacional?".

Ellis então
reagiu a essas respostas: "Obrigado ao pessoal do Brasil que resolveu entender que eu os estava insultando, incluindo o cara que me ameaçou e me chamou de 'bufão irlandês'. Punheteiros". O escritor é inglês.

A discussão continuou por mais de duas horas, inclusive com fãs no Brasil pedindo desculpas pelas mensagens revoltadas dos outros. Foi quando Ellis começou a chamar a história de #brasilgate: "Apenas quis mostrar minha surpresa com tanta gente do Brasil me seguindo de repente, achando que eu não tinha nada publicado aí". "Parece que sou publicado lá há anos e nunca soube. O que é legal. Mas acho que nunca vou a uma convenção deles..."

Respondendo a fãs que pediam para ele repensar a decisão de nunca vir ao Brasil, por ser respeitado aqui, o autor colocou: "Passei a última hora sendo chamado de racista por gente do Brasil. Esse é o tal do respeito?".

Até o desenhista Ben Templesmith, que esteve no Brasil recentemente e colaborou
com Ellis em Fell, entrou na história: "Meu Deus, o que eu vejo quando acordo? O Brasil em guerra com @warrenellis? Ele é poderoso, aviso. E um cara legal. Crânios de bebês e tal".

Alguns seguidores de Ellis propuseram enviar ao escritor parte de seu material publicado
por editoras brasileiras. As grandes editoras dos EUA, como Marvel e DC, normalmente negociam a publicação de seu material no exterior sem avisar os criadores (e geralmente sem royalties pela republicação em língua estrangeira), de forma que Ellis e outros não necessariamente tomam conhecimento do que é publicado no Brasil.

*FONTE: Omelete www.omelete.com.br

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SUBSTITUTOS

A Buena Vista International lança nacionalmente no dia 23 de outubro, o suspense de ação futurista SUBSTITUTOS. Estrelado por Bruce Willis e dirigido por Jonatham Mostow (Exterminador do Futuro 3), o filme se passa em uma época na qual as pessoas estão vivendo remotamente a partir da segurança de suas casas por meio de substitutos robóticos − representações mecânicas fisicamente perfeitas e sensuais delas mesmas. É um mundo ideal no qual crime, dor, medo e consequências não existem. Quando o primeiro assassinato em anos abala esta utopia, Greer, um agente do FBI (Bruce Willis) descobre uma grande conspiração por trás do fenômeno da substituição e precisa abandonar seu próprio substituto e arriscar sua vida para desvendar o mistério.

Substitutos
(The Surrogates)


Baseado na revista em quadrinhos de Robert Venditti e Brett Weldele

Trailer:


Elenco: Bruce Willis, Ned Vaughn, Radha Mitchell, Ving Rhames, Rosamund Pike, Jack Noseworthy.
Direção: Jonathan Mostow
Roteiro: John Brancato & Michael Ferris
Produtores: David Hoberman, Todd Lieberman, Max Handelman
Produtores Executivos: David Nicksay, Elizabeth Banks
Gênero: Ficção Científica
Duração: 88 min.
Estreia: 23 de Outubro de 2009
Sinopse: A história de 'Substitutos' se passa em 2054, quando os humanos vivem em isolamento e interagem apenas e de forma indireta com robôs que são semelhantes aos humanos, mas melhor do que eles. Esses andróides substitutos fazem tudo sem que os humanos tenham de sair de casa. Nesse ambiente, um policial que há anos não pisa na rua, usa seu próprio robô susbstituto para investigar o assassinato de outros robôs cometidos por um terrorista tecnológico que pretende sabotar esse novo mundo perfeito.
Curiosidades: Michael Ferris e John Brancanato são os roteiristas e Jonathan Mostow ('Exterminador do Futuro 3') dirige.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

REVIEW: HELLBOY - A CAPELA DE MOLOCH / O VIGARISTA

Título: HELLBOY - A CAPELA DE MOLOCH / O VIGARISTA
(Mythos Editora) - Edição especial

Autores: A capela de Moloch - Mike Mignola (texto e arte). Publicado originalmente no especial Hellboy - In the chapel of Moloch;

O vigarista - Mike Mignola (texto) e Richard Corben (arte). Publicado originalmente na minissérie Hellboy - The crooked man;

A verruga
- Mike Mignola (texto), Duncan Fegredo (arte) e Dave Stewart (cores). Publicado originalmente em Hellboy - Free comic book day;

Tradução de Fernando Bertacchini.

- Preço: R$ 39,90

- Número de páginas
: 120

- Data de lançamento
: Agosto de 2009

- Sinopse
: A capela de Moloch - Um pintor contemporâneo aluga uma propriedade em Tavira, sul de Portugal, para preparar sua nova exposição. Para montar o ateliê, o artista opta por uma capela anexa ao terreno - e, logo depois, desaparece. É Hellboy quem recebe a missão de encontrá-lo.

O vigarista - No sudeste norte-americano, o andarilho Tom Ferrel retorna para casa - para encontrar um mundo tomado por bruxas e demônios. Hellboy se junta a ele para solucionar o problema.

A verruga - Hellboy delira em uma verruga.

- Positivo/Negativo: A capela de Moloch é a primeira HQ de Hellboy desenhada por seu criador, Mike Mignola, desde 2005.

O vigarista, com arte de Richard Corben, ganhou o prêmio Eisner de melhor minissérie publicada em 2008.

Os dois fatos são bons chamarizes para este novo álbum de Hellboy, o agora famoso demônio criado por Mignola e que, dez anos após a sua primeira aparição, tem série derivada, filme, desenho animado e bonequinhos, tornando-se um dos mais populares personagens dos quadrinhos independentes norte-americanos.

Contudo, Hellboy nunca precisou de fatos e efemérides para merecer leitura. E, a despeito de todo o auê, a série continua boa pra caramba.

A capela de Moloch é um pequeno tesouro. Tem Hellboy envolvido com misticismo, terror, monstros - e a arte de Mignola!

É uma HQ rápida. Toda a complexidade dos fatos que o leitor precisa saber é apresentada numa recapitulação logo no começo. Depois, dá-lhe ação - e referências ao artista espanhol Goya (como Mignola, especialista em monstros e sombras).

Com mais páginas para se desenvolver, O vigarista tem a arte de Corben - veterano dos quadrinhos, artista underground, um dos nomes mais celebrados da fase áurea da revista Heavy Metal.

Corben é um grande desenhista de personagens marcantes e de florestas. O roteiro de Mignola é perfeito pro seu traço, portanto. Corben rende - e muito.

Hellboy, durão, até fica em segundo plano. O que importa é o magrelo Tom Ferrel, um baita caipira. E, mais do que ele, a bruxa Effie Colb, uma loira lasciva que monta numa égua esquelética. E os monstros, claro, como as feiticeiras rastejantes da página 64, geniais!

A verruga é uma história menor - e acaba ofuscada por suas antecessoras. Graças a ela, o álbum fecha em anticlímax.

De qualquer forma, é um problema menor. A edição da Mythos pode não ter o melhor preço do mercado, mas é caprichada: tem notas, textos adicionais, capas originais, papel bacana, boa impressão, material recente, formato americano - uma maravilha se comparado a títulos mais antigos da série.

A propósito, justiça seja feita: a Mythos acaba sendo mais conhecida como estúdio que produz HQs para a Panini, mas publica grandes quadrinhos. Na média, seus títulos próprios, como Hellboy e J. Kendall, são superiores aos do cliente. Embora tenham menos visibilidade, têm mais qualidade. E, cá pra nós, é isso que interessa.

*FONTE: Universo HQ www.universohq.com

terça-feira, 13 de outubro de 2009

LANÇAMENTO: TOCAIA

Devir lança Tocaia e outros quadrinhos, de Gilberto Maringoni

Tocaia e outros quadrinhos (formato 21 x 28 cm, 112 páginas, R$ 45,00), de Gilberto Maringoni, é um lançamento da Devir.A obra é uma coletânea de vários quadrinhos do autor, publicados no Brasil e em outros países, envolvendo temas como cidade, violência, vida pessoal e aviação. O lançamento oficial será nesta terça-feira, 13 de outubro, a partir das 18h30min, na Livraria Martins Fontes (Avenida Paulista, 509 - São Paulo/SP).Gilberto Maringoni é Doutor em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e Especialista em História da América Latina.

*Fonte: UniversoHQ www.universohq.com